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O setor sucroenergético: uma indústria vital no Brasil

O setor de açúcar & álcool, energético sucroalcooleiro, agro energético ou sucroenergético como “popularizou”, é um dos mais importantes para a economia brasileira, gerando empregos e contribuindo para a matriz energética do país. Este é um setor que tem se destacado pela sua preocupação com a sustentabilidade e pela busca constante por inovação. Neste post, vamos conhecer os principais aspectos do setor sucroenergético e como ele tem evoluído nos últimos anos.

O inicio do setor sucroenergético no Brasil

Os primórdios do setor sucroenergético no país. Antigo engenho para moagem de cana

Imagem: Benedito Calixto de Jesus, Moagem de Cana – Fazenda Cachoeira – Campinas, 1830.

O setor sucroenergético no Brasil tem uma longa história que remonta aos tempos coloniais. Os portugueses introduziram a cana-de-açúcar no Brasil durante o período da colonização, no século XVI, substituindo a exploração do Pau-Brasil. O cultivo da cana-de-açúcar no Brasil é atribuída oficialmente a Martim Affonso de Souza, que chegou em 1532 e iniciou o plantio em São Vicente – SP. Souza construiu pessoalmente o primeiro engenho de açúcar, porém foi na região Nordeste, particularmente em Pernambuco e na Bahia, que se deu o crescimento dos engenhos. Inicialmente, o cultivo da cana-de-açúcar era principalmente para produção açúcar, um produto amplamente exportado para a Europa. Com apenas 50 anos desde a chegada da cana-de-açúcar ao Brasil, o país já detinha o monopólio global da produção de açúcar, proporcionando altos lucros aos portugueses.

O fim da hegemonia do açúcar brasileiro

Dos séculos XVI ao XVII, o açúcar produzido aqui foi a base da economia de Portugal e com o sucesso no comércio, povos de nacionalidade holandesa (fugindo do reinado ferrenho do rei espanhol Felipe II) decidiram atacar colônias portuguesas a fim de tomar seus territórios. Maurício de Nassau comandou a invasão em Pernambuco, estado que era grande produtor e exportador de açúcar na época de 1630. Os holandeses ficaram um tempo na região aprendendo a cultivar cana-de-açúcar e ganhando experiência na produção, somente em 1654, tropas portuguesas e índios conseguiram expulsar os invasores e retomar seu território. Com a experiência adquirida, os holandeses iniciaram sua própria produção açucareira no Caribe, influenciando outros países a tomarem a mesma atitude, com isso se iniciava o fim da hegemonia do açúcar brasileiro.

Séculos depois, já no ano de 1857, outros países já produziam açúcar com base em outros vegetais como a beterraba, fator que reduziu drasticamente a fatia de mercado que o Brasil outrora possuía. Neste mesmo período o Imperador Dom Pedro II elaborou um conjunto de ideias para a modernização da produção de açúcar no Brasil, no plano o cultivo da matéria-prima ficaria por conta de produtores/agricultores comuns que possuíam terras e tanto a moagem quanto o processamento do açúcar seriam responsabilidade de engenhos centrais. Tal iniciativa não funcionou, pois os produtores até então desconheciam os métodos mais modernos disponíveis no período ou simplesmente não esboçavam interesse, optando assim em produzir aguardente e açúcar utilizando velhas práticas manuais.

Com a baixa adesão ao plano do imperador, os comerciantes responsáveis pela venda de equipamentos aos produtores começaram por si a montar suas próprias indústrias para processar açúcar, estas em sua maioria concentradas na região Nordeste e em São Paulo.

Durante a 1º Guerra mundial, por volta de 1914, a indústria de açúcar na Europa sofreu grandes impactos, o que provocou uma alta de preços do produto em escala mundial, fato que impulsionou a construção e expansão de usinas no Brasil que graças à qualidade do solo e às condições climáticas favoráveis ​​para o cultivo, algumas regiões do país naquela época até os dias de hoje são polos reconhecidos no manejo dessa matéria-prima. Atualmente o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, responsável por cerca de 40% da produção global e é líder na produção de açúcar e etanol a partir da cana.

Linha do tempo da cana-de-açúcar no Brasil

  • 1532: Primeiro engenho de açúcar é instalado no Brasil
  • 1700: Pico da produção de açúcar no Brasil colonial
  • 1925: Primeiros testes e produção de álcool combustível obtido através da cana-de-açúcar no Brasil
  • 1975: Crise do petróleo impulsiona a produção de álcool combustível em larga escala
  • 2003: Lançamento do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB)
  • 2007: Brasil se torna líder mundial na produção de etanol de cana-de-açúcar
  • 2015: Início da produção comercial de biometano a partir da vinhaça da cana-de-açúcar
  • 2020-Atualmente: A cana-de-açúcar continua sendo uma das principais culturas agrícolas do Brasil, com destaque para a produção de açúcar, etanol e energia renovável.

Da matéria prima ao Combustível

Carro abastecendo etanol obtido a partir da cana-de-açúcar.

Foto: Raízen

No início da década de 1920, foram realizadas as primeiras experiências com álcool combustível obtido a partir da cana-de-açúcar, o que trouxe mais estabilidade ao mercado da matéria-prima, já que o mercado externo para o açúcar obtido a partir da cana estava perdendo espaço. Por conta da expansão das usinas de açúcar por todo o Brasil, a exportação e o suprimento mais do que suficiente da cadeia nacional fez o governo federal ligar o alerta de uma possível superprodução que poderia ocorrer e causar um colapso na indústria. Em 1930, por meio do decreto N° 19717, o governo tornou obrigatória a adição de álcool à gasolina importada, inicialmente em uma proporção de 5%. Essa medida teve como objetivo regularizar a situação do setor açucareiro, que enfrentava uma crise.  

Em 1933 o governo de Getúlio Vargas criou o IAA, o instituto do açúcar e álcool, que atribuía a cada usina a quantidade de cana a ser moída, outra para produção de açúcar e outra para álcool. Apesar dos testes, subsídios e carros já produzidos com motorização a álcool, foi só na década de 1970, com a crise internacional do petróleo que o álcool combustível obtido através da cana-de-açúcar começou a ser fortemente desenvolvido no país através da criação do Programa Nacional do álcool (Proálcool), que visava incentivar a produção de etanol para substituir a gasolina e desenvolver uma nova fonte energética nacional.

De lá para cá, apesar dos desafios, o Brasil tornou-se pioneiro no assunto, tanto na produção e utilização, quanto em tecnologias para extração do etanol obtido a partir da cana-de-açúcar. O País é atualmente o segundo maior produtor de etanol do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos que produzem etanol a partir do milho.

Evoluções do setor sucroenergético

A biomassa da cana-de-açúcar uma das  inovações do setor sucroenergético, se tornou uma fonte de energia renovável utilizada pelas próprias usinas.

Foto: Biomassa da cana-de-açúcar, Reprodução UDOP/RPA news

O surgimento do termo “sucroenergético” está diretamente relacionado à evolução da utilização da cana-de-açúcar no Brasil e sua transformação ao longo do tempo. À medida que o setor foi se desenvolvendo e ampliando suas atividades além da produção de açúcar, incorporando também a produção de etanol e energia a partir da biomassa da cana-de-açúcar, o termo “sucroenergético” passou a ser uma forma de abranger e descrever o setor que engloba a produção de açúcar e energia a partir da cana-de-açúcar, refletindo a diversificação e as atividades relacionadas ao cultivo e processamento dessa matéria-prima. Essa evolução também trouxe consigo a necessidade de se pensar em práticas sustentáveis, buscando conciliar a produção com a preservação do meio ambiente e a responsabilidade social.

A sustentabilidade se tornou uma preocupação cada vez mais presente no setor. Isso ocorre devido aos impactos ambientais associados à produção, como o consumo de água, a emissão de gases de efeito estufa e a geração de resíduos. Para promover a sustentabilidade, as empresas do setor sucroenergético têm adotado diversas medidas como a utilização de fontes renováveis de energia, como a biomassa da cana-de-açúcar, que tem sido uma prática amplamente adotada, permitindo às usinas a geração da própria energia limpa.

Quando o assunto é sustentabilidade, a cana-de-açúcar é uma matéria-prima extremamente versátil, praticamente aproveita-se quase tudo do que ela oferece.

O que se reaproveita no processamento de cana-de-açúcar?

  1. Bagaço: É o resíduo fibroso que sobra após a herança do caldo de açúcar. O bagaço é amplamente utilizado como combustível na geração de energia elétrica nas usinas sucroenergéticas(Biomassa). Também pode ser usado na produção de celulose, materiais de construção e como base para compostagem.
  2. Palha: A palha é composta pelas folhas e parte dos talos da cana-de-açúcar. Ela pode ser utilizada como fonte de energia na queima direta, como cobertura de solo para conservação e controle de proteção, além de ser utilizada na produção de celulose e papel.
  3. Vinhaça: É um subproduto líquido resultante da destilação do caldo de cana para a produção de etanol. A vinhaça é rica em nutrientes e pode ser utilizada como fertilizante na agricultura, certamente para o enriquecimento do solo.
  4. Torta de filtro: É o resíduo sólido resultante do processo de filtragem do caldo de cana. A torta de filtro pode ser utilizada como adubo orgânico ou na produção de ração animal.
  5. Cachos e pontas: São resíduos vegetais resultantes do corte e do beneficiamento da cana-de-açúcar. Esses resíduos podem ser utilizados na geração de energia ou como material para compostagem.
A cana-de-açúcar é um produto altamente utilizável fato que torna sua industrial vital no país devido aos altos lucros e baixo descarte de residuos.

Além disso, a gestão eficiente dos recursos hídricos, o controle e redução das emissões de gases de efeito estufa e a utilização de técnicas de manejo sustentável da terra são também aspectos importantes na busca por um setor sucroenergético mais sustentável.

Certificações ambientais, como a certificação ISO 14001, são ferramentas importantes para atestar o compromisso das empresas com práticas sustentáveis garantindo que as companhias estejam em conformidade com as normas e padrões ambientais, além de promoverem a transparência e confiabilidade junto aos consumidores e parceiros comerciais.

Inovações notáveis

Máquinas trabalhando em um canavial

Foto: Blog Moby

O setor sucroenergético sempre foi e continua sendo palco de inovações constantes, impulsionadas pela necessidade de aumentar a eficiência, reduzir custos e promover a sustentabilidade. Essas inovações têm abrangido diferentes áreas, desde o cultivo da cana-de-açúcar até a produção de biocombustíveis e a geração de energia renovável.

Uma das inovações mais significativas tem sido o desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar mais produtivas e resistentes a doenças. Por meio de técnicas de melhoramento genético e seleção de plantas mais adaptadas, os produtores conseguiram obter cana-de-açúcar com maior teor de sacarose, o que resulta em um rendimento maior na produção de açúcar e etanol. Essas variedades também têm apresentado resistência a pragas e doenças, reduzindo a necessidade de uso de defensivos agrícolas. Outra inovação importante tem sido a aplicação de técnicas de agricultura de precisão no cultivo da cana-de-açúcar, com a utilização de sensores, drones e sistemas de georreferenciamento que permite um monitoramento mais preciso das lavouras, auxiliando na tomada de decisões em relação à adubação, irrigação e controle de pragas. Isso resulta em uma gestão mais eficiente dos recursos agrícolas, reduzindo desperdícios e maximizando a produtividade.

Biocombustíveis

No campo da produção de biocombustíveis, a inovação tem se concentrado na busca por processos mais eficientes e sustentáveis. A produção de etanol de segunda geração a partir de resíduos agrícolas, como palha e bagaço da cana-de-açúcar, tem ganhado destaque, onde através de avanços na área de Biotecnologia e Enzimologia, é possível quebrar a celulose presente nesses resíduos e convertê-la em etanol, ampliando a disponibilidade de matéria-prima para a produção de biocombustível.

Além das inovações na produção de biocombustíveis, o setor sucroenergético tem explorado oportunidades de diversificação e agregação de valor. O desenvolvimento de bioplásticos a partir do bagaço da cana-de-açúcar e a utilização de resíduos da produção sucroenergética na fabricação de materiais de construção são exemplos de iniciativas que ampliam a gama de produtos derivados da cana-de-açúcar, agregando valor econômico e reduzindo o desperdício de recursos.

É importante ressaltar que as inovações no setor sucroenergético não se limitam apenas às tecnologias de produção, mas também incluem a adoção de práticas sustentáveis de gestão ambiental e responsabilidade social. Programas de certificação e rastreabilidade têm sido implementados para garantir a origem sustentável dos produtos e a conformidade com padrões de sustentabilidade, atendendo às demandas dos consumidores por produtos mais éticos e ambientalmente conscientes.

No contexto global de transição para uma economia de baixo carbono, o setor sucroenergético desempenha um papel essencial como fornecedor de energias renováveis e soluções sustentáveis. Através da contínua busca por inovação, o setor está se tornando cada vez mais eficiente, competitivo e alinhado com as demandas da sociedade por uma matriz energética mais limpa e sustentável

Principais desafios do setor no Brasil

Apesar de ser um “case de sucesso nacional” e alcançar resultados satisfatórios como um todo, o setor enfrenta regularmente alguns desafios que são inevitáveis dado à competitividade global e as duras políticas de preservação do meio ambiente. Entre os principais estão:

Competitividade global: O setor precisa lidar com a competição internacional, especialmente de países com custos de produção mais baixos, como a Índia e a Tailândia. A busca por maior eficiência e redução de custos é essencial para manter a competitividade no mercado global.

Sustentabilidade ambiental: Embora a produção de cana-de-açúcar seja considerada bastante sustentável, existem preocupações ambientais relacionadas ao uso de agroquímicos, consumo de água e emissões de gases de efeito estufa. O setor precisa continuar aprimorando suas práticas agrícolas e tecnologias para minimizar os impactos ambientais.

Infraestrutura logística: O transporte da cana-de-açúcar e seus produtos é um desafio devido à extensão territorial do Brasil e à necessidade de infraestrutura adequada. Os investimentos em estradas, portos e ferrovias são importantes para melhorar a eficiência logística e reduzir custos de transporte.

Dependência dos preços internacionais: O setor sucroenergético está sujeito à volatilidade dos preços do açúcar e do etanol nos mercados internacionais. Flutuações nos preços podem afetar a rentabilidade das usinas e a tomada de decisões estratégicas.

Avanços tecnológicos: Para se manter competitivo e sustentável, o setor precisa continuar investindo em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. Isso inclui melhorias na produtividade agrícola, processos industriais mais eficientes e desenvolvimento de biocombustíveis de segunda e terceira geração.

A importância social, econômica e as perspectivas futuras

No Brasil, o setor sucroenergético desempenha um papel de grande relevância tanto do ponto de vista econômico quanto social. Do ponto de vista econômico, é responsável por uma série de impactos positivos, como a geração de empregos, o incremento do Produto Interno Bruto (PIB) e o fortalecimento das exportações de açúcar e etanol, o que contribui para a balança comercial do país, sem contar a contribuição tecnológica, que ano após ano estimula inovações na produção de biocombustíveis e bioenergia.

Do ponto de vista social, o setor sucroenergético exerce um impacto positivo na redução da pobreza e das desigualdades sociais. Ao se estabelecer em áreas rurais e menos desenvolvidas, as usinas de cana-de-açúcar oferecem empregos e oportunidades para as comunidades, o que resulta em melhorias nas condições de vida e na infraestrutura local. A produção de etanol e bioenergia a partir da cana-de-açúcar também traz benefícios ambientais, promovendo a sustentabilidade e a utilização de fontes de energia renováveis. Dessa forma, o setor sucroenergético contribui para diversificar a matriz energética brasileira, estimulando a dependência de combustíveis fósseis e ajudando a mitigar os impactos ambientais.

Um futuro promissor é esperado pela indústria, impulsionado pela crescente demanda por fontes de energia renovável e pela necessidade de redução das emissões de gases de efeito estufa. A sustentabilidade e a inovação continuarão sendo áreas-chave de atuação, com a busca por soluções mais eficientes, limpas e ecológicas. A expansão do mercado de biocombustíveis, tanto no cenário nacional quanto internacional, continuará abrindo novas oportunidades para o setor sucroenergético, assim como diversificação de produtos derivados da cana-de-açúcar, como plásticos biodegradáveis, produtos químicos e materiais avançados, também representa um campo fértil para a inovação e o crescimento do setor.

Qual o papel dos rolamentos neste setor?

Máquinas agrícolas desempenham um papel crucial na colheita da cana-de-açúcar e os rolamentos são componentes fundamentais nesses equipamentos, pois auxiliam e controlam os sistemas hidráulicos, garantindo um movimento suave e eficiente protegendo contra o desgaste e garantindo a confiabilidade operacional.

No processamento da cana-de-açúcar, os equipamentos de moagem, como picadores e moendas, e os equipamentos de triagem, como difusores e decantadores, são essenciais. Os rolamentos são usados ​​nessas máquinas para suportar cargas pesadas, permitindo um funcionamento eficiente e suave, o que é importante para evitar as temíveis paradas inesperadas. Já nas usinas, as turbinas e geradores são responsáveis ​​pela produção de energia elétrica a partir da biomassa da cana-de-açúcar.

Nesses equipamentos, os rolamentos suportam altas velocidades de rotação e cargas elevadas garantindo o funcionamento confiável e eficiente das turbinas e geradores, permitindo a produção de energia sustentável. Mesmo com uma infinidade de processos, os rolamentos são peças fundamentais até nessas indústrias, onde qualquer falha relacionada em alguma etapa pode paralisar toda a produção gerando prejuízos incalculáveis por hora de inatividade, e apesar da indústria energética sucroalcooleira ter suas particularidades na produção, as causas de falhas prematuras nos rolamentos são iguais à outras indústrias, contaminação, montagem incorreta, lubrificação, fadiga e etc.

Tais operações requerem produtos confiáveis e de procedência, por conta disso a SKF oferece uma ampla gama de soluções especiais com foco na otimização de produtividade e redução de custos através de diversas linhas de produto como rolamentos, mancais, rótulas, ferramentas, lubrificantes e serviços.

Com 66 anos de mercado e presente em diversas usinas e indústrias de processamento por todo o Brasil, a IRSA Rolamentos conta com todo o portfólio SKF e a expertise necessária para prover soluções personalizadas para qualquer demanda do setor de açúcar & álcool. Fale com um de nossos especialistas clicando aqui.

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